Este filme é brilhante na colocação em ato da dor de existir, a dor de sentir que de seu desejo só voce poderá cuidar.
Da dificil tarefa em abandonar o lugar confortável porém mortífero de objeto do gozo do Outro! Esse Outro que se encarna nessa mãe enlouquecida na sua dor, dor que a faz tomar sua filha como rolha, como tampão para o vazio insuportável. O fracasso da não realização de seu sonho se apossa dessa filha, a toma como sua continuidade, sua ascenção ao desejo, devorando sua filha sem pesar.
Nina, na sua briga, conflito entre a "meiga menina" - objeto do gozo de sua mãe - e a linda e negra cisne, dona de desejo, de paixão, de sua postura de sujeito - Nina se embaralha, lhe falta simbólico, o imaginário invade o real que retorna...passa ao ato..ato de sua "libertação" ! Como todo ato suicida, se sustenta como sujeito na morte prematura, sem dar tempo, sem ter lugar no simbólico para que possa realizar sua passagem a sujeito.
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